terça-feira, 30 de dezembro de 2008

talf

Quando o mar está liso vemos tudo cinzento, como a imagem; e ao contrário, como o título, que à primeira ninguém percebeu!
Pois é... O Pai Natal, as filhozes, os presentinhos... Essas coisas!... E o blog aqui como o mar sem ondas.
Vamo’ lá a acordar!
- Eh pá, quando é que vens?
Pergunta de ontem, em tom de basbaque, do nosso King, à fala comigo pelo telefone directamente do Cantinho (Bar da Praia, zero. Agora, olhem, toca a enfiar pelo Danau, e é se querem – era lá que ele estava).
- Temos ondas? – perguntei-lhe eu, a querer adivinhar um Ano Novo em grande.
Que não. Que uma cagada! Talvez por isso, não dizia coisa com coisa. Fruta, e tal... Uma melancia... Uns melões, e tal...
Não pesquei nada (vendem melões no Danau?).
Uma coisa é certa, por lá andavam o nosso King e nosso valseiro Picachú, ambos polidos pelo sal, a ver a onda fora de água, espreitando, talvez, pelos binóculos da sua pródiga imaginação, uma garçonette com meias de ligas e avental a beber vermute na Papoa.
O que o raio do talf não faz às pessoas...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

música no cantinho

Caros amigos!

Pois é, se calhar há muitos que não sabem mas há um músico cá pelo cantinho e não estou a falar dos que dão música às "babes", tipo "dar banhos à gato" e coisas do género!!! (esta é muito boa. Ainda hei-de experimentar, eh eh eh!!!).
Estou a falar do "Rouxinol do Oeste"! Aguardem porque, quando menos esperarem, vamos ter em estreia mundial um primeiro lançamento.

Cumprimentos

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

o corvo 2

O Corvo, como o Luis lhe chamou, é o Grande Quim Zé, ou Grande Carecão, ou, simplesmente, Moura, como o pessoal de Peniche lhe chama.
Na minha evolução no surf devo muito ao Kim.
Foi com ele que comecei a surfar Marques Neves e Papoa. Não é facil surfar lá pela primeira vez sozinho. Há correntes a saber, calhaus a conhecer, onde entrar, onde sair... É quase preciso um manual!
No que respeita a pranchas, sempre a falar-me de novas cenas: "exprimenta este longboard, troca estas quilhas", etc.
Este homem conhece tudo sobre o surf: "tens que ver este filme, tens que ler aquele livro."
Continua assim.
Thank you, my friend.

P.S. - Luis: esqueceste Marques Neves e Papoa para a votação.

o corvo

Onshore? Água fria? Correntes? Quatro metros? De noite? A fechar?
Venha de lá isso tudo!
Fim de tarde. O sol a pôr-se. Aquele típico frio costeiro de serrar no osso.
Ei-lo.
Só.
Boiando nas águas turbulentas, o raio do corvo. O do costume. Teimando com a noite, que há-de cair primeiro do que ele.
Depois de piscarem as primeiras estrelas, vê-se-lhe o vulto, trepando pela duna. Sobressaem-lhe das mandíbulas os dentes brancos quando me vê, no bar vizinho, onde vem poisar, de fato ainda por despir, para um Bom Bocado, que já o esperava, havia horas, no expositor de bolos.
- A fome é negra! Pede um de cada! – digo-lhe eu, tentando-o, enquanto mira o tabuleiro duma ponta à outra.
- Depois não janto! Chega um! Dê-me aquele – solta de pronto, sorrindo sempre, enviando salpicos, na brincadeira, à rapariga do balcão.
Lá o sigo até ao carro, para dois dedos de conversa, enquanto se veste e pica no bolo.
- Vou tirar-te uma fotografia para o Cantinho da Onda!
Bem disposto, destapa de novo a dentadura.
FLASH.
Falo-lhe do blog.
Conversa puxa conversa e dou com ele a malhar no livro do João Moraes Rocha sobre as origens do Surf em Portugal.
- Há gajos que não estão lá! Que foram pioneiros e ainda hoje surfam. Há outros que são mencionados no livro e tiveram apenas uma passagem efémera pelo surf. Uma coisa é certa: quem começou o surf em Peniche, e em Portugal, foram os “bifes”.
Fala-me, depois, de quando iniciou o namoro com as pranchas, há uns bons vinte e cinco anos; da Lipstick que ainda hoje conserva (aposto que, às vezes, ainda lhe dá beijinhos).
‘Tás por aí, Corvo?
Bem vindo ao Cantinho da Onda!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

o spot em terra

Como já houve alguém a "aberdinar" o sistema com fotos de peidas de gajas, não irei hoje por esse caminho.
Vou escrever um pouco sobre um assunto de que, mais tarde, outros, seguramente, irão falar: o nosso spot em terra.
Claro ke tou a falar do bar do André, mais conhecido por Bar da Praia.
O Bar da Praia nem sempre foi o bar da praia.
Comecei a frequentá-lo kuando o senhor Eduardo, pai do André, o abria no verão para vender umas jolas e os seus deliciosos gelados caseiros.
O bar, para kem se lembra, era um local de excelência para vestir e despir os fatos, abrigado que era do gélido vento norte.
Tempos ke recordo com alguma nostalgia.
Depois de sair da água completamente gelado, ficava ali, encolhido e a tremer de frio, a fumar um belo SG Ventil (ke saudades), e a observar o pessoal ke, heroicamente, ainda resistia ao gelo, com um grande sorriso.
Nesta altura, o Bar da Praia era o "Bar do Ti Dudu", em homenagem ao senhor Eduardo, ke por vezes nos deixava acampar lá dentro.
Por agora, não tenho fotos do novo bar. Se alguém tiver, acrescente. Deixo aki um pôr-do-sol tirado do bar, naquela altura, a uma bela sereia - uma das 3 com ke passei um final de ano a beber vinho tinto e a ouvir as ondas do mar, e 2 outras de um desses insólitos acampamentos.

P.S.- Vejam se conhecem o bacano ke vem a sair da tenda? - nesta altura um bocado mais novo!
Na outra foto, o bacano ke está de pé, pa kem não saiba, é o nosso amigo Ricardo "Brasileiro", ke anda desaparecido.

"the king of the night"

O braço no ar, a mão fechada, rodando em volta, como se fizesse um aquecimento do pulso, para dar um murro, ou assim. E o corpo muitíssimo chocalhado, num frenesim à John Travolta, com a febre toda de sábado à noite a incandescer-lhe as feromonas.
As fêmeas olham-no.
Gostam daquela animalidade.
Ele ronrona-lhes. Ele bafeja-lhes no ouvido falinhas mansas, enquanto lhes pousa no cachaço a sua garra muito quente, para que lhe sintam a força e a temperatura.
- Blá, blá, blá blá... e mai’ na’ sei quantos... dava-te uma lavagem à gato!
- Davas o quê?
TCHAN, TCHAN, TCHAN, TCHAN!
Agora é que começa o baile!
A música aumenta de velocidade. As luzes aumentam de velocidade. O pensamento da gaija aumenta de velocidade, e fica com a frase do gaijo a dar-lhe a volta à cabeça, tipo satélite, muito veloz, muito veloz, muito veloz. Até ficar tonta, como a bela adormecida depois da maçã...
“Come on baby light my fire, try to set the night on fire”…
O gaijo, felino, atira-lhe setas pelos olhos, cantando ao duelo com o Jim Morrison, que naquele instante atravessa as colunas.
A noite esgota-se.
Que foi feito do gaijo?
Que foi feito da gaija?
No dia seguinte, ele aparece no Bar da Praia, com os seus fantásticos óculos escuros, a namorar, calado e surdo, uma bola de berlim. Responde às bocas da pandilha com finura de Charles Bronson.
Penetra na água, daí a pouco, para o outro amor que lhe apaga o fogo.
Rasga uma onda.
Alguém o nomeia: “The King of the Night!”

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

uma mulher e o mar

Ainda não vou "aberdinar" o sistema com cenas tipo peidas da reef como sugestionou o meu amigo Diogo, mas deixar aki também uma outra homenagem, desta vez a uma mulher: a nossa grande amiga Teresa Ayala (axo ke é assim ke se escreve, se não desculpa), para os amigos Té, ke, como sabem, foi uma das pioneiras do surf no nosso país e, por isso, tem muito merecidamente uma especial referência no novo livro "História do Surf em Portugal".
E, para ke fike registado, a primeira vez ke ela viu o livro foi precisamente no Hotel Califórnia, num momento de reunião com o pessoal em ke ela explicava cenas do livro em ke há montes de gente ke ela conhece.
Gostei muito desse momento.
Obrigado, Té, por partilhares esse momento connosco. E continua a caçar moscas po teu sapinho.

cantinho do baú - o disco perdido

Gosto de ir à Feira da Ladra. Gosto de cacos. Tenho alguns em casa: uma máquina de escrever Underwood, do tempo da guerra, por que paguei, há uns anos, meros tostões; uma primeira edição da História de Gil Braz de Santillana, traduzida por Bocage, de 1797, que me custou cem paus; um Dom Quixote pintado a aguarela, dos anos sessenta, assinado por um espanhol de muito bom traço, por que dei apenas alguns trocados; e mais umas coisitas com ar de museu.
Como não podia deixar de ser, discos também. De vinil, claro. Embora me cheire que os CDs não hão-de demorar muito tempo a entrar para o clube do mofo.
Uma coisa é certa: quando chegar a altura de fazer a cova ao mp3, não vamos poder honrá-lo com olhos de ver. Na estante da sala ou na vitrina do museu, por exemplo.
Morreu a cultura visual do disco.
Só nos resta ouvir.
Ou, então, rumar à Feira da Ladra, onde sempre podemos dar de caras com um belo exemplar do tempo das trevas. Como o da capa reproduzida acima, que chegou a passar-me pelas mãos, numa ida à Feira, há uns anos atrás, e que só por estúpida teimosia não mora hoje na estante lá de casa.
Meia dúzia de trocos de que não abri mão, quando tentei negociar com o “dealear” um preço mais baixo.
Teimei com ele, tipo cigano.
E ele népia.
Teso que nem uma vara.
Mais cão que eu.
Deixei que o tempo votasse a história ao esquecimento, até à data em que um fenómeno chamado motor de busca ma devolveu à memória. Digam lá que o raio do disco não morava bem lá em casa?
Ah, já me esquecia! Querem saber o que faz, desnudo, o Jack Johnson ali estampado no meio dos avôs, não é?
Também achei estranho. Talvez em busca dum fato à medida. É que ele surfa e toca guitarra: o verdadeiro artista de praia...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

o surf em pessoa

Antes de começar a "aberdinar" o sistema com cenas de altos tubos, altas ondas que são sempre as nossas surfadas, e as cenas das sereias, em ke, como diz o nosso blogger Lapas, rasgamos a roupa toda, como ke famintos, coisa ke é pura e cristalinamente Mentira, tenho ke prestar a devida homenagem ao nosso amigo David Griffiths, ke, pa kem não sabe, é um galês ke vive com a sua adorável (e muito boa cozinheira) esposa Gina Griffiths no parke de campismo de Peniche, logo, meus vizinhos.
O David é, por si só, o espírito em pessoa do surf, na maneira como o vive o dia a dia, à espera do sol e das ondas.
Isto tudo porque, há dias, estava-lhe a contar como o pessoal o respeitava, não só por ele ser já um local de Peniche, ou por ser mais velho ke nós, mas por todos kerermos ser como ele kuando tivermos 62 anos.
Kuando lhe disse isto, vieram-lhe as lágrimas aos olhos, abraçou-me, e disse:
- Obrigado.
(Claro ke a garrafa de 1920 ja ia a meio).




a amante escondida

Contaram-me um dia a história de um tipo que era muito macho, muito macho, muito macho. Mas vestia, às escondidas, as cuecas da irmã.
Todos conhecemos uma história assim.
Eu sou muito amigo de um tipo que não gosta nada, nada, nada de pranchas grandes. E eu tenho uma. E gosto dela porque é uma prancha grande. E descer com ela uma onda é, talvez, como dançar uma valsa, embora eu não saiba dançar valsas.
Ter uma prancha pequena também é giro. Mas não gosto muito de Fox trot. Pronto, não gosto. E aceito que não gostem de valsas.
Por isso vos digo: até corei! Até corei quando vi na Costa da Caparica, de prancha grande debaixo do braço, o meu estimado amigo que não gosta nada, nada, nada de pranchas grandes. Ele, coitado, também corou. Foi como se vestisse naquele momento as cuecas da irmã.
Não ficou nada, nada bem na fotografia.
Talvez por isso, ficou calado. Muito amarelo, esboçou um sorriso. Polidamente, encolheu os ombros. E lá foi ele. Com a pranchazinha debaixo do braço, que amparava cuidadoso, como se fosse a sua Sissi, que ele fosse amar no palco azul à sua frente. Ao som da valsa. A sua amante escondida.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

hotel california - a história

Mercedes 307D, branca, direcção assistida, 1983, bom estado.
Rezava assim, no Ocasião. Depressa a soube lá para o sotão do país. Pôr-me a caminho até Valença, para ver o chaço?
Que fosse. Que não ia arrepender-me, asssegurava-me do outro lado do telefone a voz timbrada de um nortenho, que falava à padre e tinha um nome pitoresco, a dar para o gerúndio.
- Tá boa de mecânica, senhor Ermesindo?
- Tá xim, xenhor. Tem um motor ‘xexional!
- E de chapa?
- Xó bisto! Tem direxão axixtida, que é coija rara nas biaturas da idade dela.
Pois lá fui eu, num sábado frio, acompanhado do meu pai, que percebia da coisa, em direcção ao Norte.
Já tínhamos visto uma, uns dias antes, em Alcochete. Babada de óleo e com visíveis problemas de chapa. Não convencera.
É preciso estimar nesta aventura a mão do meu pai, que trabalha o ferro e tem um furgão da mesma raça para transporte de materiais pesados. Costumava transformá-la, no mês de Agosto, numa autocaravana para ir de férias. Ele próprio fizera os módulos, que montava e desmontava, todos os verões, com uma grande dose de paciência, para uso fugaz.
A compra de uma segunda carrinha evitaria o estorvo, servindo aos dois o ano inteiro.
Tomámos Valença perto do almoço e fomos guiados pelo amigável Ermesindo em direcção a um belo terrunho no meio dos montes, com casinhas de granito, cercadas de paz e mantos verdes.
Estacionámos.
Deixámos passar um rebanho de ovelhas e cruzámos um velho portão, depois de pisarmos caganitas. À nossa espera, um velho solar do tempo dos reis, com ar de sofrer um desabamento a todo o instante.
- Não mora aqui, pois não?
- Não – despachou, redondo, depois de sorrir timidamente - Comprei isto há uns anitos, quando ainda estaba em Franxa. Mas quando boltei fui morar para Canabeses. É uma pena isto estar axim. Bamos a ber se os espanhóis a compram. Andam por aí a comprar tudo!
E enquanto se perdia em explicações, retirou de um grande portão de madeira uma grossa tranca. Os ferros chiaram e este abriu-se de par em par.
- Cá está ela! Já não trabalha há uns tempitos. Bamos ber xe pega!
Pneus carecas, chapa vetusta e habitáculo tipo a casa duma doninha. Maravilhosa a primeira impressão!
Mas eis que pegou, embora o escape se comportasse como um assador de castanhas!
Foi nesse instante que, à rectaguarda, descobri o sobrado do casarão acocorado sobre a Mercedes, como descansasse em cima dela o peso dos anos. Apressei o meu pai no teste mecânico, não fosse o motor em trepidação despejar-lhe em cima um mar de barrotes e tijolos-burro.
Feita a revista, abordámos o preço.
Que não valia o anunciado.
Que não o quê? Saltou a mulher do bom Ermesindo, de mãos nos bolsos, parecendo pronta a entrar num duelo. Cuspia lava pelos olhos e era larga como um tronco.
Estava o caldo entornado.
E eu já o cheirara, quando, ao chegar, a dita senhora me estendera a mão com ar de xerife do Alabama. E atalhava, metediça, na conversa que fomos mantendo sobre a carrinha. E comia pastilha, que não era coisa que se enquadrasse com o ar singelo do Ermesindo.
- Desculpe lá, é consigo o negócio ou com o seu marido? – Largou o meu pai, já farto da cobra.
- É comigo – disse ele.
- É com os dois, disse ela.
Estava, pois, o caldo entornado.
Lá firmámos, a contrafé da dita senhora, o preço pedido, mas com direito a pneus mudados no eixo da frente, a cedência dele. Regressaríamos na semana seguinte para vir buscá-la e saldar as contas, depois de pagarmos com dinheiro à vista o devido sinal, que a pingonheira não queria cheques.

Lá regressámos, oito dias depois. A conta paga e a chave na mão, contra a vontade da “Ermesinda”, que por lá deixámos a ruminar os dois pneumáticos recauchutados, que valiam cem euros! Se fosse por ela, ai não levaríamos a carrinha, não senhora!
Bem nos fadou.
Deixámos Valença a meio da tarde.
Ao redor do Porto, apoderou-se da Mercedes uma estranhíssima tremideira. Rolámos assim uns quinhentos metros.
PUM!
Direito aos rails de protecção, que só não beijámos por dois centímetros.
- Rogou-nos uma praga a P de merda – cuspiu o meu pai enquanto contava os pedaços de cautchum de cem euros, acabadinhos de morrer na estrada.
Porcas das rodas calcinadas. Pneu impossível de substituir. Uma hora e meia à espera de apoio. Carro alugado pelo seguro em Pedras Rubras para o regresso a Lisboa e, o mais giro!, a carrinha repatriada para Coimbra porque a assistência em viagem só rebocava até um raio de cem quilómetros! (aquelas coisas que não nos dizem quando fazemos os seguros e que só descobrimos na hora do aperto).
Uma semana depois, lá fui eu de comboio à cidade dos estudantes buscar a bicha. Levei na mochila a fatiota de neoprene e no regresso passei pelo Baleal. Chovia a potes. No bar da praia, já tinha à espera a longboard de cem quilos do nosso amigo André e a onda do Cantinho, a que não me neguei, apesar do frio dezembrino. Logo ali, pude comprovar o conforto da caixa da carrinha, que mesmo despojada, suja e com teias de aranha, me protegeu do frio quando saí da água e precisei de vestir-me.
Na semana seguinte, dei-lhe uma limpeza geral e enfiei lá dentro um colchão insuflável e um saco-cama.
E nesse fim-de-ano, lá fui eu para o Baleal no hotel ambulante. Apesar de não estar ainda transformada, já era uma óptima sensação dormir lá dentro junto ao mar e acordar de manhã ao pé das ondas, com a paisagem que me apetecesse.
Assim andei até Junho de 2007, altura em que foi possível começar a transformá-la. Como podem ver pelas imagens, deu bastante trabalhinho: caixa forrada com esferovite e aplicação de painéis; revestimento a napa de toda a cabine; abertura no tecto para montagem de clarabóia; montagem de uma janela de correr na parte lateral; aplicação de pavimento em PVC; abertura de porta para comunicação da zona de carga com a cabine. montagem de sistema eléctrico para ligações a 220V e 12V; e, finalmente, aplicação dos equipamentos (sofás, mesa, roupeiro, lava-loiças, frigorífico e saníta química) que costumavam ser usados na outra carrinha.
Tudo somado e baralhado, apetece dizer: Valença valeu a pena.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

surf no Cantinho!

Este não foi um dos melhores dias do Cantinho, mas ficou pelo registo.
Esta fica sempre bem no blog da onda, ou não?!



viva o cantinho!

Este é um Por-do-Sol no Cantinho da Baia, que tenho muito prazer em partilhar, especialmente com quem gosta do cantinho, seja o da baia, o da onda, o dos amigos, ou outro qualquer... :-)
Viva o Cantinho!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

um brinde especial

O cozido estava bom, mesmo tendo demorado duas horas a confeccionar, debaixo do fogo brando da Camping Gaz. Os “bifes” que moravam ao lado comeram salsichas cruas com batata-palha e farejaram como cães a couve lombarda e a farinheira.
A conversa também estava boa, com os taninos do tintol a libertarem a língua para a matéria do costume: as ondas - aquela em que o nosso amigo Serjão atropelou o “lifeguard” do Porto, tipo “I’m a local” - e as sereias - tantas que já não sei a roupa que rasgámos – é o costume!).
Mas o ponto alto foi mesmo o brinde para a fotografia, com o nosso amigo dropinador a improvisar em grande o seu tchim-tchim com um pedaço de repolho! Será que já não via o copo?