oásis

Não gosto particularmente do mês de Agosto. Dos rebanhos de gente à beira-mar e das ondas enxameadas de pranchas.
Tenho, no entanto, de admitir que o mar do Oeste ainda vai sendo um oásis, se o compararmos com o das praias mais a Sul, sobretudo as urbanas.
As três semanas em que “morei” no Baleal durante o mês da confusão souberam a férias noutro país. Ele houve nevoeiro, ventinho do belo, chuvinha outonal e noites vestidas de casaquinho, enquanto o resto do terrunho reagia aos termómetros com a língua de fora.
Peniche dá ares de criatura frígida e, talvez por isso, sentem vontade de arrepiar caminho os veraneantes e os domingueiros assim que passam a fronteira do Alto Veríssimo.
Eu, se pudesse, ainda lá estava, gozando os encantos dessa alegada frigidez, de que aprendi, demoradamente, a suspeitar. Ainda lá estava, algures numa onda, partilhada com os amigos, debaixo da chuva ou da neblina que enfurecem quem para lá vai com o objectivo de se bronzear a apanhar conquilhas ou a jogar às raquetes.
Mas lá vou ter de tirar do saco as minhas pistolas, para brincar aos contribuintes por mais um ano, enquanto carrego munições aos fins-de-semana.

ondas na disney

Amigos do Cantinho: como o tempo por cá não reservava ondas, não fui de modas e fui mais a minha filhota fazer umas nas montanhas (russas) da Disney.
Recomenda-se (com os filhos).
Calor muito, coisa que por cá parece não ter havido.
Pelo caminho, juntámo-nos a mais um cão. Também deu lugar aos museus mais importantes, isto porque a cultura dá-se a beber de pequenino. Passagem também pela zona das pernas ao léu, porque me foi recomendado.
Soube a pouco.
E de volta ao nosso cantinho e ao nosso país real.
1 Abraço.

para onde nos levas, jolly jumper?

O pôr-do-sol deve ser a coisa mais fotografada que há.

Talvez porque assenta como uma luva na nossa existência transitória e nos causa aquela fatídica nostalgia não sabemos bem de quê. Talvez da história singular que deixamos para trás, ou da futura, que fatalmente desconhecemos, como no último quadradinho do Lucky Lucke.

Ali ficamos, debruçados sobre a praia do nosso Oeste, com uma cerveja vagarosa, a ver morrer aquela bola alaranjada, enquanto nascem fortuitamente no contraluz as silhuetas das gaivotas.

Ali ficamos, um pouco incertos do mar ditoso que nos espera no dia seguinte. Sem sabermos para onde nos leva o Jolly Jumper.

P.S.: Obrigado ao Alberto por me ter cedido o computador de casa, o que me fez evitar a "bandeirada" do 58 Surf Café (lá vou ter de pargar-lhe uma jola...)

a toca

A festa de Ferrel encerrou em grande e eu não resisto a vir partilhar estas imagens, que não ficaram nada mal e vão servir para eu me lembrar que umas horas antes, enquanto as ondas veranis do nosso Cantinho se empanturravam de pranchas, eu e o Isca descíamos umas no meio da baía.
Bem desenhadas, como seios de mulher, e só para nós.
Tresmalhados do rebanho, fomos enchendo a barriguinha, numa vaga que nos oferecia um drop excelente, amolecia depois e, se a aguentássemos junto à espuma, voltava a abrir já no inside e a cavar.
Foi nessa parte que cheiguei a enfiar-me numa toca.
E eis-me no limbo.
À noite, o céu fogueteado foi como o espelho daquele momento.

no dia em que a racas assentou praça

Só mesmo ela é que pode contar-vos com propriedade e fino detalhe como resistiu heroicamente à recruta, enfrentando com coragem o vento norte na sua orgulhosa tenda metálica do tempo do PREC e do disco sound.. .

Foi ver os freaks, engalanados, a virem comer à mesa dela! (debaixo do toldo do vizinho do lado!).

O pior, meus caros, foi na hora da despedida, com o motor da carripana a teimar como os burros, mesmo com a gana de quatro cavalos a escorrerem suor à rectaguarda!
Ao fim de uma hora a torrturá-los, lá descobriu a nossa recruta que era preciso rodar uma coisa chamada chave para a mula acordar!...
Assim que largou os primeiros traques fumarentos, ganhou asas e raspou-se do aquartelamento como um foguete!

Ficámos a vê-la nervosamente desaparecer, como se fechassem diante de nós uns cortinados.

(ainda) valeu a pena

Muitas fotos tenho visto mas nenhuma do nosso Lapas a surfar.
Convencido por ele a tirar algumas, vou aqui deixar uma de entre muitas que ele poderá mostrar. Um dia mau para surfar mas ele ainda conseguiu pôr-se em pé.
Valeu a pena a dor de rins ao fim de 2 horas. Boa surfada amigo Lapas.
Dias melhores virão. 1 Abraço.

festa!

A maioria das fotos que tenho publicado no blogue agradeço-as à câmera do telemóvel, sempre à mão de semear no momento oportuno.

O mal é à noite, que o raio da máquina não se dá bem com a escuridão e capta tudo aos tremeliques.

Da boa mão cheia que armazenei na festa de Ferrel, ontem à noite, nem uma de jeito!

E tanta coisa coleccionável! O nosso Rei Mago, muito faminto, a engolir bifanas e nogás; o palco feérico com as meninas estranguladas nos calções de cabedal; os balõezinhos amarelos a dançarem sobre as cabeças; a velhota das cavacas e dos tremoços, sob um chapéu retardado na noite, talvez com medo que o céu festivo, raiado de foguetes, lhe caísse em cima; o Zé da Esquina a palitar os dentes; as francesinhas a passarem maquilhadas; os "galifões de crista"; o bife das meias com sandálias e um escaldão; a rulote psicadélica das farturas; a igreja toda iluminada; os men's das minis, etecétera e tal...

férias em agosto

Cantinho da Baía: o sítio com mais crowd das redondezas! Definitivamente, o Baleal está na moda e vamos ter de apanhar com os surfistas de Verão. Não me importo com isso desde que fiquem na praia com a prancha enfida na areia, e não a atrapalharem dentro de água... Mas já sabemos que o Verão é assim...
Boas ondas para todos!

major

Amigos, apresento-vos a minha última aquisição, o Major Lello Patanisca (simplesmente "Major" para os amigos).

É provável que o vejam por aí pelo Baleal e arredores, a fazer as pessoas que transporta muito felizes.

Estão todos convidados a aparecer por perto. :D

Até breve!

:D :D :D

kisss