quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

surfista















De pé na frágil tábua
onda a onda ele escrevia
poesia sobre a água.
Era uma escrita tão una
de tão perfeita harmonia
que o que ficava na espuma
não se podia apagar:
era a própria grafia
do poema do mar.


Manuel Alegre


P.S. - Prometo que não trago mais poesias, mas desta gosto muito.
Alberto

2 comentários:

Lapas disse...

Às vezes, o vento sopra de onde menos esperamos: foi o que pensei quando apareceste com o Alexandre O'neill. De novo, agora, com este poema, que bem me "alegrou", pois, confesso, não conhecia.
Tenho, por isso, de te agradecer e pedir-te para não voltares para as dunas...

(Quem diria, enfiando o surf nos seus poemas, o Manelito...)

Um abraço!

Anónimo disse...

Vão mas é trabalhar, GÃNDULOS.