segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

cantinho do baú - david griffiths noticiado

Na pequena peça que, há uns bons quatro anos, lhe dedicou o Jornal de Leiria, no suplemento “Viver”, houve David Grifiths. Tal como é: o “surf em pessoa” (ver post do Sérgio, em que dele falou).
Outro David (o Caetano, aqui do blogue) guardou consigo essa edição e em boa hora ma emprestou, a pensar, é claro, no cantinho da onda.
Ao nosso bife, apetece dizer: não tenhas dúvidas, amigo, quando formos grandes, queremos ser como tu!

O Surf é a minha droga
A primeira vez que David Griffiths tentou surfar foi numa praia do País de Gales, numa prancha emprestada, em 1966. “Era uma chatice”, recorda, “como não tinha dinheiro para comprar uma, tinha de estar sempre a pedir as pranchas emprestadas e, quando começava finalmente a dominar a tácnica, o dono vinha pedir a prancha de volta (o que acontecia ao fim de uns vinte minutos)”.
Este galês de 58 anos conhece Portugal há mais de 20 anos e sempre se sentiu apaixonado pelo país. Há cerca de ano e meio, veio morar para Peniche. “Escolhemos Peniche para nos fixarmos porque tem bons spots para o surf, gosto da cidade e gosto das Caldas. Inicialmente, eu e a minha mulher só íamos ficar por três meses... Nunca mais fomos embora”.
A paixão pelo surf é tal que, conta, houve ocasiões em que, em Gales, estava a surfar e a areia na praia estava coberta de gelo. “Não entendo as pessoas que se metem na droga. Será que não percebem que se conseguissem dinheiro para comprar o equipamento, podiam descobrir que o surf é uma droga muito melhor que a cocaína! Tenho pena delas”.
A presença de um britânico, vermelho do sol, vestido com um fato de neoprene e uma “tábua” debaixo do braço não deixa os outros praticantes indiferentes. “Há alguns miúdos que olham para mim como se eu fosse o Pai Natal a entrar no mar. Perguntam-me como foi que comecei a surfar e dizem que esperam ser como eu quando tiverem a minha idade. Em Gales, há um tipo com 69 anos que ainda surfa! E, na Austrália ou na Nova Zelândia, há outro com 76 que também se mete às ondas. Por isso, penso que não sou um fenómeno assim tão grande”.
in "Viver", Jornal de Leiria, 22 de Abril de 2004,

1 comentário:

Anónimo disse...

boas,

tenho 49 anos e comecei a fazer surf com 42 quando comprei uma casa na Ericeira e apeteceu-me saber o que sentiam os meus filhos na água. Isto é mesmo uma droga como diz esse senhor que é um grande exemplo. Parabens pelo blogue onde vim parar sem querer

Duarte