De pé na frágil tábua
onda a onda ele escrevia
poesia sobre a água.
Era uma escrita tão una
de tão perfeita harmonia
que o que ficava na espuma
não se podia apagar:
era a própria grafia
do poema do mar.
Manuel Alegre
P.S. - Prometo que não trago mais poesias, mas desta gosto muito.
Alberto
2 comentários:
Às vezes, o vento sopra de onde menos esperamos: foi o que pensei quando apareceste com o Alexandre O'neill. De novo, agora, com este poema, que bem me "alegrou", pois, confesso, não conhecia.
Tenho, por isso, de te agradecer e pedir-te para não voltares para as dunas...
(Quem diria, enfiando o surf nos seus poemas, o Manelito...)
Um abraço!
Vão mas é trabalhar, GÃNDULOS.
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