sexta-feira, 5 de março de 2010

um dia clássico

Ontem, fui para o trabalho no meu Isetta de 1955, que ficou todo contente por sair da garagem, de onde já não saía desde a última vez que de lá tinha saído.
Como é um carro espaçoso, pude levar comigo o longboard, já a pensar numa escapada até à Linha, no período do almoço.
Não encontrei sinal de vida junto à praia, o que me deixou felicíssimo, pois cada vez que levo o brinquedo fica tudo a olhar, como se avistassem um OVNI.
Dado que estava clássico, fiquei um bocadinho desnorteado, assim a modos que: “Eh pá, não acredito nisto”. Eu a olhar para o mar; o mar a olhar para mim; o Isetta, imóvel, semi confuso com a aquela indecisão dilemática; e a marmita da sopa e a sandes caseira a bradarem de dentro do saco térmico:
- Eh pá, deixa mas é a porcaria do surf, que a água ‘tá fria à brava, e vem mas é curtir o caldo verde e o papo-seco com chouriço, méne!
Então não é que, sem querer, dou comigo enfiado no raio do Isetta a ouvir a M80 e agarrado à marmita! As ondas, ali, a avançarem para mim, a cuspirem-me salmoura em cima, e eu, meio “masoq”, meio cobardolas, a desprezá-las de barriga cheia, enquanto tirava a fotografiazinha ao bacalhau com o carro envolto nele, para pôr no blogue a acompanhar esta história. Eu, naquele vergonhoso papel de menino que não larga o brinquedo, em vez de estar mas era lá dentro a curtir umas. Vocês acreditam nisto?

1 comentário:

Pikas disse...

Acredito que és uma tagarelas!!! Por isso é que o pessoal não escreve para o blog!!!
E depois queixas-te!!!
Ah!!! acho que o concelho para o caldo verde, é de amigo. È menos um dentro de água.