quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

esqueço-me

Ás vezes parece que me esqueço. Parece que depois de meses de dias de chuva, um dia de sol é uma nova realidade, depois de semanas de mar tempestuoso, vejo uma onda bonita como se fosse a primeira vez. Amnésia ou estudo a mais, não sei qual a razão. Mas quando o surf acorda dentro de mim sinto-me viva de novo, e apercebo-me das saudades que tinha de tudo isto. Do sol, do calor na pele, das ondas esverdeadas, de tudo aquilo que faz parte de mim e que mesmo assim não me canso de redescobrir... :)
Pois é, queridos amigos do cantinho (do coração). A Pek tem andado noutras ondas que não o cantinho, mas o cantinho não está esquecido. Deixo aqui um poemazito de que gosto muito, e que tem mais 40 anos que eu. Beijinhos para todos e até breve!

"Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim."

Sophia de Mello Breyner Andresen, 1947

3 comentários:

Sérgio "Isca" Ramalho disse...

espero bem que não te esqueças do cantinho já tou com saudades

Lapas disse...

Bela Pek:

Neste ou no outro cantinho, é importante não te esqueceres de ir aparecendo. Já tenho saudades das tuas bolachas crocantes e da blusinha de baptizado... :)

JRosado disse...

Achei piada o poema. Ainda a semana passada alguém que também de Caranguejo mo enviou. Deves ser uma pessoa especial. Bom gosto. Tudo de bom na vida.