terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

ixca e ruka em: "o mar sem surfar"

- Ó Ixca, bamos lá dar mújica ó pexoal, quisto tá muito paradito!
- Olha, Ruka, bou tucare o Requiem em lá menore, do Mojart.
- Ó pá, marchas fúnebres não! O pexoal já tá a morrere e tu a quereres morrê-los mais deprexa ainda!
- Não é "morrê-los", é matá-los, Ruka!
- Tás-me a dar lixões de portuguêje, ou quê, Ixca?
- Parexes o Jejus a falare, méne!
- Não te admito ixo, Ixca! Debias penxare bem antes de fajeres exas comparaxões! Gojare com a religião das pexoas é pecado!
- Qual pecado, méne?! A minha religião é o xurfe, méne!
- Jejuj debia castigar-te! Não tens medo de xere cajtigado?
- Eu não, Ruka! A única coija de que eu tenho efetibamente medo na bida é daj aranhaj e duj ácaruj e daj abelhaj e daj cobraj. No outro dia, por acajo, estaba eu a metere o écxe na pranxa e aparexeu um cardume de abelhaj que beio direito a mim não xei porquê e eu tibe de correre para o mare para elaj não me picarem. Foi a primeira bez em muito janos que entrei no mare xem xurfare!
- Olha, deixa-te maj é de cumberxas e toca aí uma xena do João Pedro Paij, anda!
- Fosgaxe!
- Toca lá!
- João Pedro Paij? Fosgaxe, méne! Agora é que me tiraste a pica toda!...
- Não queres, não toques, prontos! Olha, bai majé labar exes dentes, que xtão toduj cagaduj!
- Bai tu!

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