Foi como se avistássemos o Willy Fog. Não nos chegavam novas dele há mais de oitenta dias, desde que partira para uma aventura intelectual que Portugal há-de valorizar oportunamente, quando for ministro da educação (para já, não pode, pois não aceitam lá em S. Bento manuéis guedelhudos).
Estacionou a Ford Transit de estimação e tirou lá de dentro os restos mortais do Bom Petisco, do feijão encarnado e de todas as coisas enlatadas, empacotadas e engarrafadas que lhe forraram o estômago durante mais de oitenta dias. Empurrou tudo pela boca do ecoponto, até este ficar mal disposto. Fixou-nos, depois, abananado como um doente que acaba de sair do hospital. Cambaleou até nós e veio queixar-se copiosamente da branquidão e da abstinência. Era um homem morto. Atirar ao mar aquele corpo era um dever. Uma coisa urgente. Vestimos um fato solidário e atirámo-nos com ele.
Foto: Carla
terça-feira, 29 de junho de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Pois Pois, a Lua não queima, senão tava preto...
atiramo-nos com ele......... ai como vocês andam, e depois dizem que são só os de calçõeszinhos ás flores.
Enviar um comentário